terça-feira, 26 de julho de 2011

Minha paixão em versos


E a cada dia que esse amor não passa,
A cada dia eu já desisto de me redimir.
Misteriosos olhos, voz envolvente que invoca toda a massa
Saiu ferindo quem quiz ferir.

Se eu soubesse que amor era coisa aguda,
Eu não teria te ouvido, te beijado, me entregado...
Enquanto eu defino de desejo, não me sobra dúvida,
Que cada parte do seu ser por mim foi amado.

Bebi do seu veneno, tão oscilante dos meus atos...
E era de gozo, uma mentira, uma bobagem,
O que seus olhos, o seu corpo, presenciaram os fatos,
Que o que vivemos foi apenas uma miragem.

Contou todas as vezes que lhe disse sobre amor,
Enquanto eu maldigo a poesia, cantei o porquê você me esqueceu,
E a cada dia que vivo definhando por amor,
Mesmo com essa dor, para ti, o meu corpo morreu.

Mas no seu íntimo, eu sei que me amaste,
Com uma doçura e pressa desesperada.
E ainda que nunca mais aqui passaste,
Sei que sempre levaste as palavras da sua amada.

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