terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Palavras de uma ultrarromântica...



Espero que quando estiver lendo esse papel, que seu coração não doa tanto quanto o meu. É justo repetir a você que não se deve tomar as dores de outrem - mesmo que esse signifique muito para você.
O momento tem se revelado tão obscuro que me falta dores para dividir com todos os infortúnios que diante de mim apareceram. Mas nada tem mais me faltado do que o amor. O dito próprio apaixonante, romântico e avassalador ... mas não encha de sombras o seu coração tanto quanto eu fiz com o meu - mas, sorria... o que te conto é algo que nunca contaria a alguém.
E eu preciso do amor.
E então, para minha surpresa, eu tento voltar ao meu ultrarromantismo do séc XVIII - mas parece que nunca adianta muito - mas, preciso que "mas" torne-se "mais".... o contrário se torne adicional.
E procuro esse adicional.
E a procura desse adicional tem me remetido às origens do amor... o sentimento, o toque, o beijo... carne versus espírito... ou seria carne e espírito?

[Torno a correr dentro desse paradoxo... e o amor tem se divertido comigo... como numa noite de sexo...

O sangue torna a ferver.
Minhas mãos tremeriam.
E o corpo, por si só, iria arquejar-se.

E só você saberia como cessar isso.

Mas não consigo sozinha, O amor necessita que eu o viva. E que eu te sinta todas as vezes que o amor vem para "me visitar". E me sinto na necessidade de te arrastar na mesma onda.

E seu sangue também ferveria.
Suas mãos tentariam mostrar que estão firmes a me segurar, mas não... teimariam em deslizar sobre o meu corpo. E o seu corpo se enrijeceria.
E sua voz me tentaria a continuar. E eu sempre iria querer mais.
Muito mais.

Só  uma noite mais, meu amor.]

sábado, 15 de dezembro de 2012


Eu realmente não sei o que dá em mim...
Sou daquelas que gosta de começar a falar após o fim. O fim.
A 11 dias para o Natal e eu querendo iniciar o que eu tive em um ano inteiro.

Ah, o fim. Que estranho é falar do fim.

Se é que ele existe.

Às vezes me parece como a emenda de um ciclo para o outro. Nunca o real FIM. Mas o que é essas três letras?
Tudo?
Nada?
Ou somente fim?

Gosto de pensar que o fim pode ser infinito. O que fazer antes que acabe? Há tantas possibilidades que me permitem pensar.
É uma espiral. Que gira.
Gira.
Gira.
Gira tantas vezes que não se sabe o destino pontual daquilo.
É a vida. Uma espiral como aquela que forma o DNA.

Talvez eu esteja louca.

Ou só quero o fim.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Desencontro de um fim de tarde




Eu corri, corri, corri. Estava com medo de tudo e de todos. E tem uma coisa que eu gostaria tanto que você soubesse... desculpe, mas não poderia contar tal fato.
Ainda estava a ler a mensagem no celular enquanto esperava o ônibus na frente do Armênia. Estava frio, ameaçava chover fortemente naquela tarde de outono - tarde não, já devia estar anoitecendo. E eu ainda sentia um tom de urgência, mesmo já estando dentro daquele ônibus com aquelas janelas tão embaçadas com o ar quente de respirações. Resolvi ligar... chamou, chamou, chamou e nada. Ainda sim, mantive uma calma que não era do meu feitio.

Mais uma vez tentei - chamou, chamou e desligou. Não fiz um gesto que não fosse inútil. Mais uma mensagem - "aonde você está?". Até quis responder, mas me contive. Outra: "Poderia vir ao Adamastor? Tenho algo que preciso te mostrar".

Suspirei e respondi que estava perto de lá. Mandou-me um smile e pediu para que quando estivesse perto, que ligasse avisando-o. Após ter lido, mirei a paisagem, mas tive que limpar o suor com a manga do moletom. A paisagem estava verde, muito verde. O céu, acinzentado. E então, voltei meu olhos para o celular, cujo papel de parede era a minha foto preferida dele - usando um terno, tão altivo - altivez que sempre soube que nunca tive. E detestava, algumas vezes. Estremeci.
Cheguei em casa, e já estava chovendo. Já tinha tomado o maior banho durante o (maldito!) translado. Tentei ligar novamente, mas não consegui. Então, tendo apenas trocado  os sapatos e enxugado os cabelos, fui ao Adamastor.
Entendia o gosto dele por marcar encontros em teatro - já que tudo entre nós havia começado por tal paixão mútua por palcos; mas sentia que estava num tom melancólico que me fazia acreditar que não seria boa coisa. E fui. Novamente num ponto, dos inúmeros espalhados pela cidade e que eu esquecia de observar.

Celular. Mais uma ligação, que desta vez, eu atendi - "porque não me ligou? já está perto?"; seguido de um "estou atrasada? já estou chegando aí.". E pediu que fosse o mais rápido possível. "Em cinco minutos" - e desliguei.

E tudo se tornou repetitivo: os vultos, os prédios, os mesmos carros, a mesma sensação de melancolia me atacava. Eu quis correr, mas não chegaria no tempo prometido. E então, não me conformei. E descendo do ônibus, corri pelas portas do teatro, que pareciam trancadas. Gritei. Gritei. E gritei de novo. Ele não apareceu.
E como de súbito, uma pessoa de aparência anciã surge - "ele está lá dentro, no palco...". Agradeci com um abraço e fui.

Um corpo lá estava, caído. A luz azul a iluminá-lo. Tive receio de me aproximar, mas em vão. Me atirei em direção a ele. Ele chorava, chorava tanto que nenhuma palavra se fez necessária.

Sentei-me. Perto dele. Ele se deitou no meu colo. As lágrimas não caíram mais somente dos olhos dele, mas dos meus também. Pedidos de desculpas que não precisavam foram ditos, sentimentos que não eram explicitados, ficaram explícitos... Aquele azul da luz que ainda nos iluminava, naquee silêncio que tornava aquilo ainda mais melancólico - mas ele, parou com o choro e pousou a mão sobre o meu rosto molhado. Agradeceu-me sem palavras. Eu apenas consentia, quando ele me beijou.

Após tal momento, a luz já não era mais azulada, era branca. BRANCA. Um novo começo, talvez...

[Entao tentei ver se havia alguém na sala de técnica.
Não havia ninguém.]

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Minha eterna confissão


Amor, amor, amor...

Tenho confessado a mim mesma, todos os dias, que me tornei refém da necessidade de tê-lo sempre.

Os dias? Ah, se tornaram monótonos. Não há mais nenhum sorriso, nenhuma palavra doce, nenhuma aspiração eloquente que saia do fundo da minha alma...
Começo a pensar que, alguns sentimentos se tornaram tão realistas que se tornam difíceis de serem eliminados... ódio, raiva, rancor, amor... Os erros? Foram meus, totalmente meus... como humana, tão sucestível a falhas. E a sofrer, por ser intensa em tudo o que faço, o que experimento, o que sinto e principlamente... em tudo o que amo.

Confesso que... como me sinto uma criança ao seu lado! Os olhos que sempre me prenderam, a voz que me fazia perder qualquer outra informação que não fosse transmitida por "esse som divino", o toque mais que macio e quente... possessivo, conquistador, tão seu e tão meu!...Perdoe-me pelas hipérboles, mas nem os clichês conseguem dizer o que eu sinto. Da simplicidade à sublimidade. É você... apenas a sua alma, essência e tudo o que te tornas divino.

Antes que... eu me despeça de ti, por meio dessas meras palavras,( das minhas meras palavras!) confesso que te amo ardentemente!
Te amo enlouquecidamente!
Te amo eternamente....

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Histórias...


As histórias que escrevo fazem parte do meu mundo...

Acredito que elas sejam dele por inteiro.

As palavras, cada uma com seus sentidos em particular, articulam as linhas do meu tempo
e do meu inconsciente - mesmo que eu não as perceba.
Em cada história, encontro minhas convicções, deduções, o que espero e o que ofereço.
Não sou nada sem minhas histórias, sem elas não encontro o meu eu...
E acredito que todos nós temos o nosso "eu" com as histórias que lemos, vivemos e (principalmente)
escrevemos....

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Meus pedaços



Sinto como se usasse grossas vendas em meus olhos todos os dias - os becos me parecem tão atraentes, o mal-cheiro das ruas... é como um perfume que impregna na alma - alma essa, encantadora.
A cada que passa eu deixo um pedaço de mim nas ruas - quem sabe seus olhos... oh, lindo olhos e tão frios, percebam essa parte recém tirada do meu corpo - e ainda quente - largada na sarjeta... e que te surja a ideia de levar para casa, para decorar a mesinha no seu quarto... assim como cada vestígio seu decora o meu mundo.
Seus olhos, ainda nítidos. O castanho-escuro que sempre me fez mergulhar no mais obscuro abismo da existência humana - da minha própria existência e do meu ser! Ah! Malditos olhos, que há de tão iressistível neles? De tão intenso e mortífero?
Me sinto acorrentada desde que os senti em mim... eu podia pertencer ao mundo, não?
Mas você fez questão de me fazer pertencer a você.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sombras de uma Pierrot



Uma inspiração de Pierrot tomou-me a alma... Uma áurea que anda acinzentada, perambulante pelo
mundo - atrás de um "verdadeiro amor" e chorando pela "ilusão".
Ilusão esta que, faz-me pensar nele 361 dias - coração se descompassar ao vê-lo surgir em minha frente, ao ouvi-lo falar meu nome, ao leve tocar de mãos...
E é de vermelho que vivo a pintar as lágrimas no meu rosto branco sem expressão - além das linhas firmes em negro que demonstram  minhas sombras - minhas grandes amigas... Sombras estas acompanhadas pela paixão - saindo do local mais fundo da minh'alma e que tende a transbordar - a mesma pintada de vermelho.

Ah doce ilusão - por que não poderia ser menos dura comigo?

Mas são três dias - tão aguardados pelo meu amor...eu te sentirei em minhas mãos, seu perfume que insistirá de não sair do meu olfato e do meu corpo.Quão eterno tu és! Quão inebriante és pro meu corpo,
meu ego, e meu coração!

E depois, no último dia, voltarei a me pintar com as sombras, transbordando paixão... jogado nas estradas, olhando a noite de lua cheia e sentindo teu abandono escorrer quente pelas lágrimas quentes e vendo o festejo acontecer diante dos meus olhos, e eu aqui, mais uma vez abandonada à própria sorte e morte...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Não deixe morrer!


Acho que muito de nós, escritores, já esteve nessa situação: desânimo com seus texto ou até pensou em desistir de escrever.
Nossa sociedade tornou-se imediata demais que até dar atenção a textos é algo que se faz "em segundos" e sem comentários - não! Vamos parando por aí, caríssimos leitores...
É um tempo precioso que passamos quando escrevemos - escolhendo o tema; configurando a aparência de cada personagem e dando-lhe características, pensando no tempo em que se passa a história e o local que seria mais adequado ou a mensagem que esse texto vai passar... É todo esse esforço (feito com tanto carinho e paixão), às vezes, é menosprezado pelos leitores - logo aqueles que precisam nos apoiar (além dos nossos próprios motivos).
O que venho dizer, caros leitores, que textos não são apenas para "darem uma olhadinha básica" - mais do que isso, nós escritores queremos passar uma mensagem e até crescer com cada comentário de vocês, leitores (a gente também gosta de bater um papo pra discutir ideias e sugestões, gente!)...
Por isso, vamos lá, ajude a gente a crescer com seus pareceres a cada texto - comentem e não deixem os escritores morrerem!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

02 - Mudança de casa (Confissões de Adolescente)


"A Gui estava no terceiro ano - acho que era no final e sim, ela estava preocupada com aquelas coisas de faculdade e tal'z... Sabia que ela era responsável - mas ela 'tava' pirando! (Lucas comentando)."

"Ela sempre foi bem metódica e disciplinada - mas ela sofria pressão por toda a parte - sendo órfã de pai e mãe e com um irmãozinho menor - a família e os amigos caíam matando...(Deise comentando)"

No colégio, horário da aula de Matemática, Guilian recebe um bilhete da melhor amiga, Cláudia e as duas começam uma conversa pelo papel...

- Guilian, já decidiu o que vai ser quando crescer?
- Ainda estou em dúvida... Mas por quê?
- Bem, sabe... tem algumas meninas fazendo comentários maldosos e tal'z... Mas, na verdade, perguntei isso porque também estou em dúvida...
- Não fique, acho que pra mim, você daria uma ótima veterinária, Clau... Você cuida tão bem dos seus seis cachorrinhos... hehehe
- Até penso em fazer isso, Gui... Mas dá mó medo se um bichinho morrer nas minhas mãos...
- Faz parte, Clau... faz parte!

Guilian voltava para casa, longe em seus pensamentos - "é, é uma grande responsabilidade pra mim..." - e isso a entristecia um pouco.

"Eu não sabia o que fazer! Eu não queria me decepcionar e ao meu maninho. Não queria que ele passasse o que eu passei...(Guilian comentando)"

"Ela mal comentava sobre faculdade aqui em casa, e ela estava apreensiva, nervosa e mal falava.... ela estava sozinha. (Deise comentando)"

Reconstrução


Meu mundo vem se reconstruindo aos poucos - cada tijolinho é reposto, cada parede é rebocada e ganha seu acabamento.
Ainda choro muito, mas lembro de maneira mais realista e menos emocional - é, todo mundo precisa cair e ralar os joelhos pra crescer; de "abrir o bocão" e fazer uma tempestade em copo d'água (somos eternas crianças, não? Ou você é um sabe-tudo?)
Pois é, meu mundo se reerguendo e amadurecendo. Meu dinamismo ajuda-me a dar uma nova repaginada e o colorido na vida. Os outros ornamentos - amor e amizade - tudo virá conforme o que está escrito nas "linhas tortas" de Deus.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sentirei sua falta


Pareço ser tão durona, os olhos protegem a doce alma de criança que insisto em manter.
Mas quando alguém querido lhe diz que tem que partir - a alma arde incrivelmente... a voz falha, o coração dói e os olhos... lacrimejam incessantes.
E o que nos resta é chorar.
No mesmo momento, começam as consolações - tão duras quanto a dor do desapego, da saudade...
Talvez seja essa a famosa "síndrome do ninho vazio" - seja ele filho, irão, ou principalmente, seu "irmão de coração". Talvez seja por causa de todas as noites que viramos, todas as vezes que choramos ao lado dessa pessoa, os momentos de alegria, as vitórias e as derrotas.
Elas vão permanecer dentro de nós, lá, bem no fundo... E voltarão com a saudade, amiga das horas a fio que passarei pensando em você...
Sentirei sua falta, nem posso negar...
E esperarei ansiosa por sua volta, "maninho".

(Giane para Danillo)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Algumas palavras sobre ela (sem dizer o seu nome)



Ela chega do nada, vai se instalando e te dopando com uma alegria intensa - te fazendo de bobo (por pelo menos) vinte e quatro horas por dia.
Linda, encantadora, inesquecível... eu diria ainda "arrebatadora"... mas com um preço alto a se pagar - como uma "acompanhante de luxo".
Quanto ela custa? Bem, toda a sua felicidade, desejo, atenção, fantasia... Não descarte também a constante insônia, o ciúme exacerbado e intenso, além da inveja contínua e muitas... muitas lágrimas.
E como se livrar? Encarando a realidade - "Oh defeitos, apareçam para este moribundo!". Desencante-se, fira a si mesmo, chore, resmungue, renuncie... ah, raiva incondicional é outro sintoma importante.
E ela adormecerá...
E quanto tempo demora pra isso?
"Demorará o tempo certo pra que você você esteja pronto - pode ser longo ou curto - mas quando você der uma chance a si mesmo de ser feliz, ela vai partir... e você apenas lembrará das besteiras e idiotices... e irá rir e refletir... e jamais vai desejá-la novamente."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Imediato


Sou imediata...!
Meu corpo é imediato... tudo neste mundo quer (ou deveras) ser imediato.
Ando, tão rápida, por corredores, campinas, casas... Tão  incríveis ultrapassados em segundos... Pego coisas, leio-as, toco-as, sinto-as em tão pequeno período.
Mas ninguém entende o meu "imediatismo".
O amor é imediato - é ver a pessoa que te completa pra começar a sentir amor por ela.
Decidir é imediato - depois da análise, dizer o que se quer é rápido.
O sangue corre tão rápido quanto nossas células são alimentadas... Nossos pensamentos invadem nossas mentes em busca de repostas plausíveis...

Tudo é imediato...
E eu aprendi a viver assim...
"Imediatamente...!"