sexta-feira, 8 de novembro de 2013

F.A.Q


E lá estava ela, agora de cabelos vermelhos, de salto alto e linda como nunca. Estava treinando para um campeonato na mesma academia em que a pessoa que ela amava treinava.

Ao canto do salão, havia uma pequena penteadeira no salão de madeira envernizada e espelhado.E de luz suficiente para deixar o ambiente em êxtase.

Ele a percebeu lá. Foi atrás, mas ao chegar na porta de vidro, foi abordado por sua amiga em comum com sua amada.

- Quero falar com ela... - disse, sentindo a mão da amiga o impedir de seguir em frente.
- Não pode! - disse, implicante.
- Por quê? - disse, impaciente
- Ela não quer.
- Por quê ela não quer? - questionou, sem entender.
- Ela te ama - disse ela, por fim.

Um silêncio se seguiu. Ela, sua amada, começava a dançar e ele percebeu uma beleza jamais vista...

- E o que eu posso fazer por ela? - perguntou, ainda deslumbrado pela garota que dançava.
- Nada.

E a amiga fechou a porta de vidro.

sábado, 12 de outubro de 2013

Harmonizar

Vou ensinar você a harmonizar.
A amar de forma que o que você elevar de mim, eu elevarei de você.
Vou te mostrar que ainda pode acreditar nas pessoas.
E se encantar com elas.
Vou mostrar que o amor é presença. É a sentença mais desejada.
É o mais desejado das gentes.
Vou mostrar apenas que a minha alma, apesar de ser transitante, foi feita assim pra mostrar todas as minhas maneiras de te amar.

sábado, 21 de setembro de 2013

Conversa


Você já sabe que eu te amo.
Já sabe sim, desde o começo. Porque mudou, então? Por quê não conversa comigo? Por quê, raios, não me diz logo um não?
Vamos ser sinceros conosco.

Eu te amo, rapaz.
Sei que demorei, para demonstrar isso. E se estou ruim agora, é culpa minha.
Eu juro que que tentei não te envolver na confusão dos meus sentimentos, mas seus olhos sempre me encantaram tão profundamente. Eu te peço desculpas por quaisquer erros que que eu cometi com você.
Ah, meu querido, minhas palavras começaram a se moldarem em textos e poesias para você. Você, ah você... Só você sabe ter esse jeito único de ser, inexplicavelmente, bom.

Porém, eu te peço desculpas por ter demorado tanto para tomar uma atitude - mas nunca deixei de te amar, meu menino. Eu fui besta, bobona e medrosa. Devia ter me entregado antes... Eu ainda posso te ver caminhar na minha direção, dizendo o meu nome e sorrindo o sorriso que me capturou pela eternidade.

Ainda vivo das nossas poucas lembranças, das tuas palavras, dos teus beijos... Não sei quanto tempo passarei sentindo esse amor todo. Mas serão bons tempos, eu acredito...

Mas eu te amo, por fim.
Eu. Te. Amo.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Eu sinto a sua falta


Eu admito que sinto a sua falta.
Qual é? Isso não é o fim do mundo - pelo menos, para mim.
Não aceito que me julguem como alguém que "necessita de outro", vulgo carente. Porque o carente aceita quaisquer companhias. Eu somente desejo a sua. Desejo a sua companhia sem argumentos insossos. Você, agora, me questiona os porquês.

Posso dizer que sua companhia tem "algo a mais" - não sendo necessário determinar o quê - mas aquele seu perfume forte, as conversas e os olhares eram embriagantes.
Agora, você pensa que estou sendo puramente clichê, porém, você sabe que faz uma falta imensurável nos meus dias. É, eu acordo e penso o que há de bom, e me vem você. Porém, aonde eu te encontro?
As coisas corriqueiras da vida têm se encarregado de me lembrar você a cada instante - seja nas coisas relacionadas ao que você estuda, como nos nossos gostos em comum, etc.

Cara, entenda que eu não alimento uma obsessão pela sua pessoa. Contudo, é que sempre tem aquela pessoa que se torna especial sem que a gente perceba. E a ausência dela machuca. Fica lá, doendo, te arrebentando, porque a cura está longe.

E assim, eu lembro de você - talvez, de uma forma masoquista. Mas eu lembro. Lembro tanto que chorar também tem feito parte desse ritual.

Agora eu posso ouvir você me chamar de louca, de depressiva, de dramática....

Mas acredite, eu ainda vou admitir que sinto a sua falta.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Pergunta boba


Dia desses, eu fui questionado sobre amor.

- Quem é o seu grande amor? - perguntou atento.

Parei. Pensei, enquanto fazia cara de espanto. Espanto sim, porque não é todo dia que te questionam isso.
Olhei pro copo grande de café que eu tinha acabado de pedir. Tinha queimado a língua instantes antes da pergunta - e agora, passava-a no céu da minha boca.

Eu não sabia o que responder.

Quem me questionou com paciência e delicadeza que jamais vira antes em alguém, olhou e sorriu. Mas repetiu a pergunta.
Continuei estática.
Mas as lembranças começaram a surgir.

Lembrei das conversas - oras sérias, oras bobas e quase sempre acabava com os dois dando risadas. Também tinha as brincadeiras que eu não gostava - mas depois da certeza que tais momentos não se repetem, a pessoa quase implora para que tudo volte a ser como era antes.
Outra coisa que gostava em você: seus cabelos. Ora claros, ora escuros. Ora longos, ora curtos. Acho que você já tinha percebido isso em mim.
Ah, eu gostaria muito de te dizer coisas - que você sempre julgou bonitas. Mas entendo o porque da dificuldade em acreditar em alguém cuja íris ora são negras, ora são castanhas...

Então, novamente, fui interrompida com a pergunta estridente:

- Quem é o seu grande amor?
- Ah, é um fulano, que não adianta te dizer quem é...
- Mas me diga quem ele é... - insistiu.
- É o meu grande amor, apenas...
- Então você foi imortal sendo mortal...
- Como assim...?

Eu nem prestava atenção ao indivíduo que me perguntava insistentemente - ele tinha sumido.

E eu fiquei sem a definição da última frase.
E também percebi que fiquei sem você.

Permaneci estática, naquela mesa, em que eu chorava.

E eu fiquei sem você.

domingo, 18 de agosto de 2013

Uma declaraçãozinha para um grande amor


Eu te amo, cara.
Amo a cada instante que se passa nessa vida.
Algumas pessoas tendem a pensar que o que sinto por você é uma fase que logo passará. Eu também pensava isso quando a vida me fez esbarrar no seu lado ruim. E esbarrar no passado de outrem e sair ileso disso é algo que ninguém esperava.
Mas eu decidi encarar tudo com a coragem e seriedade de um ultrarromântico. E perceber que apesar de tudo isso, eu continuo admirando e amando cada detalhe do seu ser. Ainda sim eu te quero - com o desespero de um fim de namoro e o fogo do início de uma paixão.
Você me encoraja. Você me anima, me encara, me afronta e me ganha. Me desconcerta com os seus olhares e me cola novamente os pedaços com seus sorrisos doces.
Você me inspira. Rouba minhas noites. Direciona minhas palavras para a devoção que é amar você... Percebe? Talvez não, mas você vive em cada rastro meu. 
Incontáveis serão os textos que escreverei a você.
Incontáveis serão as maneiras que eu vou inventar para amar você.
Eu vou rir por você.
Eu vou chorar por você.
Eu irei enlouquecer e voltar à sanidade por você.
Será imensurável todo o esforço que farei por você.

Por quê? Porque eu te amo. Te amo muito.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Uma última confissão...


Foi a primeira vez que eu comentei com uma amigo sobre o nosso caso de amor. Foi como andar no tempo e reviver tudo.
As pessoas, como eu pensava, haviam de espantar com tal rapidez e volúpia com que aconteceu a nossa história. Meu bem, a quanto tempo isso aconteceu? Talvez eu me espante também...

Lembra-se daquele dia em que nos conhecemos? O quanto parecia que éramos amigos de longa data... as brincadeiras fluiram com naturalidade... e sorrisos entre nós era algo que facilmente acontecia.
E o tempo foi passando de maneira muito rápida. E os conflitos começaram a aparecer e bem... nós nos atritamos. Debatemos ideias de maneiras diferentes... e de sentimentos diferentes.
Parecia um teste que nunca ia acabar. E começou a doer aqui dentro de mim, porque a parte ruim que me pertence começava a aparecer.
E você queria evoluir por conta do seu passado. E pelo o que o seu coração precisava.

Eu não queria ser impertinente. Eu sentia que, lá no fundo, não havia espaço para "nós".
Eu estava louca quando tomei a atitude de partir. Mas era o melhor, para você. Porque não importa o que eu sentia, não importa o que eu pensava. E sim o que eu fazia. E o que fiz, para mim, era justo para você.

Nada nos trará aquele tempo de volta, meu amor. O que aconteceu, aconteceu. E eu sinto muito por ter errado assim com você, meu menino. E sei que deve ter te doído.

Mas não duvide da verdade que te digo - mesmo que isso te pareça fora do comum, um tanto parecido como um conto de fadas... Talvez seja o nosso conto de fadas - mesmo que com um final nada feliz.

Eu ainda posso te afirmar que te tenho tão vivo em meu coração quanto antigamente... Posso te afirmar que continuo sendo a mesma de antes - apesar do coração machucado.
Eu ainda te amo.
Eu te amo.
Eu sempre te amei, incondicionalmente.

Não sei se um dia acreditará em mim. Ou se acreditará que eu te amo.

Mas é o que tenho para te dizer, meu garoto.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Respostas para a carta do amante do caso suspenso


( O amante mandou-lhe mensagens, perguntando o que significava a carta entregue a ele. Já no outro país, ela responde...)

Eu confesso que eu tinha prometido a mim mesma que eu não te escreveria mais, caro amor. Porém... suas mensagens me tentaram a serem franca com você, como eu sempre tentei ser.

Primeiramente, eu acredito que tinha ficado claro... que eu tinha sido explícita em meus motivos para ter partido. Eu não estava sendo feliz no que eu vivia. Além disso, eu... eu sinto tanto a sua falta.
Eu fui embora pra te esquecer!
Eu fui embora porque eu não aguentava essa vida de estar tão perto de você... e tão distante do seu coração. Você deixou uma marca permanente em mim... e eu não quero acreditar que o fato de eu te amar te incomode.

Seguindo com as respostas - eu gostaria de não voltar após esses dois anos... eu quero acreditar que esse período que vou passar fora será bom. Eu quero acreditar que eu vou conseguir dar a volta por cima e voltar a sorrir.

Você me perguntou, também, se eu pretendo ter outro amor aonde eu estiver. Bem... agora, eu que te pergunto: você se sentiria incomodado caso eu seguisse com a minha vida? O que... o que você tem escondido detrás dessa máscara de um homem perfeitamente equilibrado? Me diz... vamos! Não minta, não precisa esconder mais nada! 

Eu ainda não aprendi a ser inerte a você, caro amor.

Por fim, eu quero dizer a você que eu quero seguir... que eu quero tentar, mesmo que... que você ainda tenha meu coração, que você povoe os meus pensamentos... só eu sei o quanto me dói abrir mão de você e de nossa história (falha) de amor.
Eu quero ser feliz.

E você, afinal, o que você quer do amor?

Atenciosamente,
um antigo amor.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Uma carta de despedida para um caso de amor suspenso


(Da mulher para o homem)

Eu queria te dizer algumas coisas... mas a franqueza de espírito me impede de proferir isso pessoalmente, porque tudo sairia entrecortado - por isso, eu escrevo uma carta.
Isso me lembra do dia em que você me disse que eu falava coisa bonitas... lembra da resposta? Eu só falo o que todos precisam ouvir... pena que essa vez não será assim...

Indo direto ao ponto: estou de mudança. A vida tem sido dura aqui. Não reclamo de conforto material, mas a inquietude de espírito tem me incomodado. Além disso, a minha vida mudou muito desde que nos conhecemos e tais mudanças tem me amedrontado e atordoado. Também  há o nosso caso, ainda suspenso por motivos inexplicáveis... Eu sei que você  deve me achar uma covarde - ou não, agora deve estar dizendo a si mesmo que não faria isso... porém, a verdade é que eu não sei como eu reagiria se tivesse que contar isso a você...

Bem, agora atentando-me a detalhes: eu estou de mudança para outro país.. Serão dois anos (que eu, prontamente, já os considero longos) em que eu irei para atividades acadêmicas (lê-se "graduação"). A oportunidade é boa e seria imprudente da minha parte desperdiçá-la. Eu vou para estudos e para me conhecer melhor- ou talvez, instalar mais dúvidas ao meu desatento plano de metas.

Também tem uma última coisa, que eu não queria ter que te dizer. O que, decerto, te deixaria mais chateado ou incomodado (ou tão confuso quanto eu estou acerca disso) - mas é algo que vem me acompanhado desde quando nos separamos. Eu ainda gosto de você. E por gostar tanto, eu tenho vivido a pensar em nós - e tentado esquecer, afinal, não dá certo.

Mas a verdade é que eu continuo a gostar de você, Independente do quanto isso te incomode - porque eu tenho em mente os seus motivos e os respeito, com toda a solenidade possível. Entretanto, meus sentimentos vão continuar enclausurados na caixinha não-ruidosa que é o meu coração.

Eu não te prometo que vou te esquecer - mas tentarei me empenhar.

[Desde já te adianto que será um plano falho... e que por isso, eu te amo.]

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Uma frase a mais


- Quero te dizer uma coisa...
- Pois diga - disse ele, se ajeitando na cama, ao lado dela.
- Já faz tempo que estamos juntos...
- Sim. Você me conheceu enquanto namorada aquele cara.
- Você sentia ciúmes?
- Não... - disse, aparentando estar seguro.
- E desde então, estamos juntos.
- Desde que nos vimos naquela praça, depois os encontros na minha casa e outros tantos enquanto você estava indecisa entre eu e ele.
- Fui errada? - pergunta, com medo.
- Talvez não. Você não era feliz com ele na época que me conheceu? - perguntou ele.
- Não... - suspirou, cansada.
- Então não, você não era errada.
- Eu me sentia sempre errada. Mas eu não conseguia ficar longe de você.
- Muito menos eu, boba.
- E se aquela situação tivesse durado por mais tempo?
- Não seria problema nenhum desde que eu tivesse liberdade.

Ela sentiu ciúmes. Ele não olhou e continuou falando os motivos que, a ela, eram inconcebíveis. Mas nada poderia fazer, afinal, ela também errou. Mas por amor.
Na época tinha sido um escândalo e tanto o término do namoro com o ex. Ela não parecia muito se importar de tão farta que vivia com aquela situação. O amante veio se tornar o oficial um bom tempo depois, já com a poeira baixa. Todos estranhavam o interesse entre eles.
Mais uma vez ela tentou dizer o que queria e ele relembrou do resto da história de amor.

- Bem, eu desisto! - e se aproximou do abajur, desligando-o e voltou a se ajeitar na cama.

Ele sorriu, e aproximou-se do ouvido dela, dizendo:

- Não fique brava, eu já sei o que você iria dizer - e dando-lhe um beijo na bochecha - eu também te amo.

domingo, 23 de junho de 2013

Do I Wanna Know?


É um caso sério.

Ela: 18 anos, de cabelos negros.
Uma maluca.
Ri por nada, chora por tudo.
Namora. Mas insatisfeita.
E cursa Química na faculdade - 1o. semestre, ainda.

Ele: 27 anos.
Formado em Artes. Agora segue faculdade em Humanas.
Estilo bem diferente do dela. E não é o namorado dela.

O que esses dois possuem em comum?
Mensagens trocadas, encontros inusitados estabelecidos à noite. Sempre de noite.

Um... dois... três... Ela tremia, ele sorria bobo. Sorrisos. Olhos concentrados em olhar e observar cada movimento do outro. Mais risadas.
Ele a chama. Os dois se abraçam. Não precisam de beijo. Nem nada. Jogar conversa fora é mais importante do que um toque profundo, do que a sedução em si.

Mas é como uma roda: uma hora por cima, outra por baixo.

Ela não sabe o que sente por ele. Ele também talvez não saiba.

Um dia qualquer, ela se sente mal. Ela corre atrás de sua companhia preferida. Mas algo acontece e seu coração se parte,

"- O que aconteceu comigo?"
Ela soluçou.
"- Por quê justo com ele?"
Chorou.

O outro dia.
Foi estranho.
Uma foto dela com o namorado que a impedia sempre de estar com quem ela realmente queria lhe doeu o coração. Mudou os sentidos. Mudou tudo entre aqueles dois.

A urgência de sentir ele novamente estava aumentando.

E nada.

Uma música, ao final daquele dia a faz pensar no sinal enigmático que ele deixou para ela - de ser aceito como ele é.

"Do I wanna know?
If this feeling flows both ways..."

Ela o esperou.
Pensou.
Amou-o em seu silêncio magno de uma jovem mulher.

Ela é dele? Talvez.
Ela decide.
Ele decide.
E ele? É dela também?

Talvez...

(Inspirado na música "Do I Wanna Know", do Arctic Monkeys... Peço que ouçam-a enquanto leem este texto. Link: http://youtu.be/bpOSxM0rNPM )

sábado, 11 de maio de 2013

Oração da alma

Tinha um amigo meu que havia escrito um texto maravilhoso... Achei hoje o dia perfeito para postá-lo


À sua alma seja entregue a liberdade
Como aos outros que você já amou
Ao seu corpo se apaguem os temores
Assim como as dores que você já selou

Que aos outros, assim como você, voem
Que sintam o suave vento da paz
Suas almas, de longe, já te perdoam

Pelo que fez e que hoje pensa no que faz
Pelo prêmio de sua alma pura que dormem
E de seus sentimentos limpos que protegem...

É lhe dado a felicidade e liberdade eternas
Para que a maldade de teus inimigos

... lhe vire refém...