segunda-feira, 4 de abril de 2016

Adeus


Sabe, demorou muito pra que eu admitisse isso: você me dói.
Demorou muito pra admitir também, no começo, o quanto eu estava disposta por você. O quanto eu me importava e amava você, de uma maneira tão idiotamente linda. Pelo menos pra mim.
Antes eu sei como eu projetava um mundo ideal em cima de você e sei que foi injusto. Que foi injusto tudo o que eu fiz. Mas sempre você foi livre, e isso era importante de manter e de respeitar, da minha parte.
Então você se foi.
E eu estagnei.

E de repente você volta, mas eu estava diferente.
Eu estava perdida. E com medo. De tudo e de todo mundo. Mas eu sentia sua falta.
Desculpa também por não te dizer isso. Por nunca ter coragem de dizer nada.
Mas lá estava você. E eu não sabia o que fazer.
E deu errado de novo.

E eu fui embora.

E de novo você quis voltar. E deu errado de novo.
E eu me sinto triste.
Triste por tudo.

E eu só queria ver você feliz e sorrindo, porque é o momento que você fica mais incrível. Antes era uma imagem. Depois eu aprendi sobre você. E eu ainda queria ver você sorrindo do mesmo jeito.

Você é uma pessoa boa. E tem que continuar sorrindo. Mas você me dói.

E. Bem. Agora que tá tudo esclarecido. Eu preciso mesmo ir embora, não me leva a mal, por favor.
Mas dói.
E eu não sei lidar com você aqui.
E meu mundo tá desabando. E tá uma droga. Eu me sinto morta.
Mas eu tenho que ir. Sozinha.

Adeus. Porque eu não posso dizer se algum dia eu volto.

Adeus. Espero que continue bem.  

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