(O vídeo acima é do Projeto de Marina Abramóvic, em que o visitante se senta em sua frente a encara por quanto tempo ele aguentar. Nesse vídeo, em especial, o visitante é Ulay Abramóvic, o grande amor de Marina, e que nesta exposição se reencontram pela primeira vez depois da separação).
O reencontro é uma coisa complicada até mesmo de descrever.
Mas nunca deixou de ser bonito. Ou de ser doloroso.
Tudo depende dos sentimentos.
Daquele que se surpreende. Daquele que fez isso acontecer.
O reencontro muitas vezes parece uma primeira vez: é lindo de se ver a pureza de sentimentos que entornam os indivíduos. A infinidade de ideias que aparecem na mente de cada um.
É muito difícil conter as lágrimas… essas coisinhas insistentes que sempre vem quando estamos menos preparados.
Coloca nossa humanidade em xeque.
O reencontro, por vezes, até parece absurdo nos olhos dos mais céticos (ou os que vivem com uma armadura para evitar ressentimentos). O reencontro é pra ser chocante mesmo - é pra trazer tudo o que a gente esqueceu durante o tempo e a vida que costumamos ter.
O reencontro tem o poder de mudar tanta coisa… de fazer até o mais orgulhoso dos seres a ter seu momento de fraqueza. O poder de fazer pessoas se unirem novamente. O poder de fazer as pessoas gostarem umas das outras como se nunca tivesse acontecido nada.
O reencontro nos faz sentir que existimos. Que realmente vivemos. Que tudo isso, por mais maluco que pareça, é real.
O reencontro é humano.