Espero que quando estiver lendo esse papel, que seu coração não doa tanto quanto o meu. É justo repetir a você que não se deve tomar as dores de outrem - mesmo que esse signifique muito para você.
O momento tem se revelado tão obscuro que me falta dores para dividir com todos os infortúnios que diante de mim apareceram. Mas nada tem mais me faltado do que o amor. O dito próprio apaixonante, romântico e avassalador ... mas não encha de sombras o seu coração tanto quanto eu fiz com o meu - mas, sorria... o que te conto é algo que nunca contaria a alguém.
E eu preciso do amor.
E então, para minha surpresa, eu tento voltar ao meu ultrarromantismo do séc XVIII - mas parece que nunca adianta muito - mas, preciso que "mas" torne-se "mais".... o contrário se torne adicional.
E procuro esse adicional.
E a procura desse adicional tem me remetido às origens do amor... o sentimento, o toque, o beijo... carne versus espírito... ou seria carne e espírito?
[Torno a correr dentro desse paradoxo... e o amor tem se divertido comigo... como numa noite de sexo...
O sangue torna a ferver.
Minhas mãos tremeriam.
E o corpo, por si só, iria arquejar-se.
E só você saberia como cessar isso.
Mas não consigo sozinha, O amor necessita que eu o viva. E que eu te sinta todas as vezes que o amor vem para "me visitar". E me sinto na necessidade de te arrastar na mesma onda.
E seu sangue também ferveria.
Suas mãos tentariam mostrar que estão firmes a me segurar, mas não... teimariam em deslizar sobre o meu corpo. E o seu corpo se enrijeceria.
E sua voz me tentaria a continuar. E eu sempre iria querer mais.
Muito mais.
Só uma noite mais, meu amor.]