sábado, 21 de setembro de 2013

Conversa


Você já sabe que eu te amo.
Já sabe sim, desde o começo. Porque mudou, então? Por quê não conversa comigo? Por quê, raios, não me diz logo um não?
Vamos ser sinceros conosco.

Eu te amo, rapaz.
Sei que demorei, para demonstrar isso. E se estou ruim agora, é culpa minha.
Eu juro que que tentei não te envolver na confusão dos meus sentimentos, mas seus olhos sempre me encantaram tão profundamente. Eu te peço desculpas por quaisquer erros que que eu cometi com você.
Ah, meu querido, minhas palavras começaram a se moldarem em textos e poesias para você. Você, ah você... Só você sabe ter esse jeito único de ser, inexplicavelmente, bom.

Porém, eu te peço desculpas por ter demorado tanto para tomar uma atitude - mas nunca deixei de te amar, meu menino. Eu fui besta, bobona e medrosa. Devia ter me entregado antes... Eu ainda posso te ver caminhar na minha direção, dizendo o meu nome e sorrindo o sorriso que me capturou pela eternidade.

Ainda vivo das nossas poucas lembranças, das tuas palavras, dos teus beijos... Não sei quanto tempo passarei sentindo esse amor todo. Mas serão bons tempos, eu acredito...

Mas eu te amo, por fim.
Eu. Te. Amo.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Eu sinto a sua falta


Eu admito que sinto a sua falta.
Qual é? Isso não é o fim do mundo - pelo menos, para mim.
Não aceito que me julguem como alguém que "necessita de outro", vulgo carente. Porque o carente aceita quaisquer companhias. Eu somente desejo a sua. Desejo a sua companhia sem argumentos insossos. Você, agora, me questiona os porquês.

Posso dizer que sua companhia tem "algo a mais" - não sendo necessário determinar o quê - mas aquele seu perfume forte, as conversas e os olhares eram embriagantes.
Agora, você pensa que estou sendo puramente clichê, porém, você sabe que faz uma falta imensurável nos meus dias. É, eu acordo e penso o que há de bom, e me vem você. Porém, aonde eu te encontro?
As coisas corriqueiras da vida têm se encarregado de me lembrar você a cada instante - seja nas coisas relacionadas ao que você estuda, como nos nossos gostos em comum, etc.

Cara, entenda que eu não alimento uma obsessão pela sua pessoa. Contudo, é que sempre tem aquela pessoa que se torna especial sem que a gente perceba. E a ausência dela machuca. Fica lá, doendo, te arrebentando, porque a cura está longe.

E assim, eu lembro de você - talvez, de uma forma masoquista. Mas eu lembro. Lembro tanto que chorar também tem feito parte desse ritual.

Agora eu posso ouvir você me chamar de louca, de depressiva, de dramática....

Mas acredite, eu ainda vou admitir que sinto a sua falta.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Pergunta boba


Dia desses, eu fui questionado sobre amor.

- Quem é o seu grande amor? - perguntou atento.

Parei. Pensei, enquanto fazia cara de espanto. Espanto sim, porque não é todo dia que te questionam isso.
Olhei pro copo grande de café que eu tinha acabado de pedir. Tinha queimado a língua instantes antes da pergunta - e agora, passava-a no céu da minha boca.

Eu não sabia o que responder.

Quem me questionou com paciência e delicadeza que jamais vira antes em alguém, olhou e sorriu. Mas repetiu a pergunta.
Continuei estática.
Mas as lembranças começaram a surgir.

Lembrei das conversas - oras sérias, oras bobas e quase sempre acabava com os dois dando risadas. Também tinha as brincadeiras que eu não gostava - mas depois da certeza que tais momentos não se repetem, a pessoa quase implora para que tudo volte a ser como era antes.
Outra coisa que gostava em você: seus cabelos. Ora claros, ora escuros. Ora longos, ora curtos. Acho que você já tinha percebido isso em mim.
Ah, eu gostaria muito de te dizer coisas - que você sempre julgou bonitas. Mas entendo o porque da dificuldade em acreditar em alguém cuja íris ora são negras, ora são castanhas...

Então, novamente, fui interrompida com a pergunta estridente:

- Quem é o seu grande amor?
- Ah, é um fulano, que não adianta te dizer quem é...
- Mas me diga quem ele é... - insistiu.
- É o meu grande amor, apenas...
- Então você foi imortal sendo mortal...
- Como assim...?

Eu nem prestava atenção ao indivíduo que me perguntava insistentemente - ele tinha sumido.

E eu fiquei sem a definição da última frase.
E também percebi que fiquei sem você.

Permaneci estática, naquela mesa, em que eu chorava.

E eu fiquei sem você.